domingo, 25 de novembro de 2012

Com dois ouros nas OEs, promessa dribla diabetes e se inspira em Cielo


Campeão nos 50m borboleta e nos 50m livre e prata nos 100m livre, Matheus Santana, de 16 anos, sonha em conhecer o campeão olímpico em Pequim.


Por GLOBOESPORTE.COM
Rio de Janeiro
Nem a diabetes tem sido capaz de frear as braçadas do jovem Matheus Santana. Depois de se destacar no Troféu Chico Piscina de Mococa (SP), realizado em setembro, e ser comparado ao campeão olímpico Cesar Cielo, o nadador que deu suas primeiras braçadas na escolinha do Fluminense e atualmente defende o Botafogo voltou a brilhar neste sábado. Aos 16 anos, ele foi o grande destaque do torneio de natação das Olimpíadas Escolares do Rio de Janeiro, no Parque Aquático Julio de Lamare, com duas medalhas de ouro nas provas dos 50m borboleta e dos 50m e uma de prata nos 100m livres.
Matheus Santana, nadador juvenil do Botafogo (Foto: Lydia Gismondi)
Matheus conquistou três ouros no torneio de natação das Olimpíadas Escolares (Foto: Lydia Gismondi)
Se o desempenho deste sábado já é o suficiente para credenciá-lo como umas das apostas para os Jogos do Rio, em 2016, a quebra do recorde brasileiro dos 50m na categoria até 16 anos, que era de 23'29 e pertencia a Cesar Cielo desde 2003, o transformou no jovem mais visado da natação brasileira.
Matheus reconhece que a marca de 23'01 alcançada no Troféu Chico Piscina em setembro trouxe fama e a mídia para sua vida, mas afirma que nem por isso se sente mais pressionado cada vez que mergulha dentro d'água. Tranquilo e perfeccionista, o nadador de 16 anos sabe exatamente aonde quer chegar.
- Eu já vinha trabalhando forte para isso, e fiquei muito feliz por ter quebrado uma marca que já durava dez anos. O assédio da imprensa e as brincadeiras dos colegas, que sempre me comparam ao Cielo, aumentaram e eu consegui mais patrocinadores depois do recorde. O resto continua igual. Meu objetivo agora é disputar os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro - afirmou.
Enquanto as Olimpíadas no Brasil não chegam, o nadador e torcedor do Botafogo, que não liga muito para futebol, mas admira o holandês Seedorf, espera poder conhecer em breve sua maior fonte de inspiração nas piscinas.
- Já participei de duas competições que o Cielo também nadou, mas nunca tive a oportunidade de conversar com ele. Fiquei feliz de saber que ele falou de mim quando quebrei o recorde. Gostaria muito de conhecê-lo.
Se os adversários costumam dar bastante trabalho nas piscinas, Matheus garante que a diabetes não atrapalha em nada seu desempenho dentro d'água.
- Já estou acostumado a lidar com isso e acho até que ela me ajuda a me preparar melhor e ser mais dedicado nos treinamentos - explicou o nadador, que toma quatro aplicações dirárias de insulina.

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