quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Vídeo: Michael Phelps treinando.

Uma prévia dos treinos que Michael Phelps costumava fazer. Eai, cansou só de assistir?



Fonte: Canal da Revista Swim Channel no Facebook.

Os cuidados com o corpo antes, durante e depois da São Silvestre



euatleta corredora cansada enxugando suor (Foto: Getty Images)

Caso o corredor apresente sinais de tontura, falta de ar e batimento cardíaco acelerado, ele deve pedir ajuda médica imediatamente sem passar do limite


Por 
São Paulo
Neste ano a grande novidade é a largada pela manhã, sem dúvida com mais vantagens do que desvantagens. Por isso, vamos começar pela véspera: é importante evitar fazer exercícios mais intensos, apenas caminhadas será o suficiente. Em relação ao jantar do dia 30 de dezembro, coma carboidratos (massas) e evite as proteínas (carnes, leite e queijos), que são digeridas mais lentamente e não acrescentarão nada nessa véspera da corrida. Também tente dormir no mínimo seis horas antes da prova.

No dia da corrida, procure acordar duas horas antes da competição. O alongamento deve ser feito cerca de 20 minutos depois de acordar. Vista roupas apropriadas, de material leve e que facilitem a sua natural sudorese. O calçado deve ser confortável, com um bom amortecedor e já com certo tempo de uso (não vá estrear tênis na corrida).

O café da manhã, orientado por nutricionista, deve ser leve e consumido uma hora antes da largada. Lembre-se que um copo de água leva quase 30 minutos para sair do estômago. Um alerta: não tome anti-flamatórios ou relaxantes musculares sem ordem médica, eles mascaram lesões ortopédicas agravando as lesões leves. Também não use estimulantes e energéticos que provocam arritmias cardíacas e espasmos de artérias do coração e cerebrais. Na verdade, eles podem causar danos agudos para a saúde e até riscos de vida em pessoas sensíveis e doentes.

Na Avenida Paulista, antes da largada, faça pelo menos 15 minutos de aquecimento sem alongamento, com pequenos trotes apenas. Dada a largada, procure se hidratar com poucos goles de água nos postos de hidratação e siga no ritmo que treinou. Qualquer sintoma de tonturas, palpitações, falhas da pulsação, falta de ar inexplicável, dores no peito e nas costas ou algum sintoma ortopédico, pare e peça ajuda médica imediatamente. Não force nada achando que pode passar mais para frente. Os fantasiados devem estar alertas para sintomas de desidratação aguda pelo tipo de fantasia escolhida. Enfim, desejamos uma São Silvestre gostosa, tranquila e participativa. FELIZ ANO NOVO PARA TODOS!

Nabil Ghorayeb (Foto: Editoria de Arte / EUATLETA.COM)

domingo, 23 de dezembro de 2012

Avaliação da Hidratação de Atletas



PONTOS PRINCIPAIS 

 -  Apesar de não haver nenhum consenso científico sobre 1) qual é a melhor maneira de avaliar o estado de hidratação dos atletas, 2) quais critérios a serem usados como medidas aceitáveis de resultado ou 3) o melhor período para aplicar os métodos práticos de avaliação, há métodos que podem ser usados para nos dar um feedback útil sobre o estado de hidratação.


- Técnicas de avaliação de hidratação incluem 1) água corporal total estimada pela bioimpedância elétrica, 2) marcadores plasmáticos, tais como alterações na osmolalidade, sódio, hematócrito e hemoglobina ou as concentrações de hormônios que ajudam a regular os líquidos corporais, 3) marcadores da urina, tais como osmolalidade, densidade específica ou cor, 4) mudanças na massa corporal e 5) outras variáveis, tais como quantia ou fluxo de saliva, sinais físicos e sintomas clínicos de desidratação. 


-  Na maioria das situações esportivas, o uso de medidas da massa corporal, associado à dosagem da concentração urinária na primeira urina da manhã, é bastante sensível para detectar os desvios diários da hidratação normal (euidratação). Os métodos são simples, baratos e diferenciam a euidratação da desidratação de maneira precisa; portanto, pode ser usado como único recurso para avaliação.


- Quando é necessário aumentar a precisão das variações agudas da hidratação, as alterações na osmolalidade plasmática, a diluição de isótopos e a massa corporal oferecem variações precisas nas medições geralmente necessárias em pesquisa, desde que no contexto adequado. 


-  Marcadores plasmáticos (além da osmolalidade), bioimpedância elétrica, avaliações da saliva e sinais e sintomas físicos grosseiros da desidratação costumam ser confundidos ou são muito imprecisos para que se tenha uma avaliação confiável do estado de hidratação de atletas.

Leia o artigo completo aqui.

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Valor pago por aluno para instrutor de academia é salário


O valor pago pelos alunos diretamente para o personal trainer, contratado pela academia, é considerado salário e deve ser contabilizado no cálculo da rescisão do contrato de trabalho. O entendimento, da 4ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo, foi aplicado no julgamento do Recurso Ordinário da academia Competition.
Um ex-instrutor da Competition ingressou com ação na 10ª Vara do Trabalho de São Paulo reclamando que, no cálculo das verbas devidas pela rescisão de seu contrato de trabalho, a academia não considerou a remuneração que ele recebia diretamente dos alunos pelas aulas particulares. Segundo ele, seu salário era de R$ 493,72, mas recebia R$ 4.8000 por mês por causa do atendimento personalizado.
Em sua defesa, a Competition afirmou que não contratou o instrutor para trabalhar como personal trainer, com horário estendido e recebendo comissões. A academia alegou que o contrato de trabalho “limitava-se a três horas diárias, horário este distribuído numa escala de trabalho, planejada para todo o período”.
A primeira instância acolheu a tese da empresa. O instrutor recorreu ao TRT de São Paulo. Afirmou que não tinha “qualquer autonomia no desempenho de sua função de personal trainer” e que o fato de receber o dinheiro diretamente do aluno “não altera sua condição de empregado”.
Para o relator do recurso, juiz Ricardo Artur da Costa e Trigueiros, o fato de o instrutor receber o pagamento das aulas particulares diretamente dos alunos não significa que isso não seja salário. “Trata-se de parcela salarial dissimulada que, no contexto da relação trabalhista, deve ser tratada como verdadeiro salário.”
A academia Competition foi condenada a pagar ao ex-instrutor as remunerações pela demissão sem justa causa, com base no salário mensal acrescido dos valores que ele recebia como personal trainer dos alunos.
Fonte: http://www.conjur.com.br/2005-nov-09/valor_pago_aluno_instrutor_salario

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Todo Guerreiro


"Todo guerreiro ja ficou com medo de entrar em combate....
Todo guerreiro já perdeu a fé no futuro.
Todo guerreiro já trilhou um caminho que não era dele.
Todo guerreiro já sofreu por bobagens.
Todo guerreiro já achou que não era guerreiro.
Todo guerreiro já falhou em suas obrigações.
Todo guerreiro já disse "SIM" quando queria dizer "NÃO".
Todo guerreiro já feriu alguém que amava.
Por isso é um guerreiro; porque passou por estes desafios, e não perdeu a esperança de ser melhor do que era."
Paulo Coelho

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Análise anatômica e eletromiográfica dos exercícios de leg press, agachamento e stiff

Leg Press
Agachamento
Stiff
Por Daniel Teixeira Maldonado, Miliana de Carvalho, Katia Brandina e Eliane Florêncio Gama.


O objetivo deste estudo foi analisar as abordagens anatômica (descrita nos livros e revistas de musculação) e eletromiográfica dos exercícios de leg press, agachamento e stiff, por meio de revisão da literatura. Muitos livros e revistas de musculação mostram análises simples da ação muscular baseadas apenas na anatomia muscular. Já a análise eletromiográfica descreve com mais detalhes a atividade elétrica do músculo nos mesmos exercícios. 

Sendo assim, os profissionais de educação física devem ter conhecimento profundo da anatomia muscular e da atividade elétrica do músculo durante os diferentes exercícios de musculação para oferecer maiores possibilidades de planejamento do treinamento.


Leia o artigo completo em PDF aqui: ftp://ftp.usjt.br/pub/revint/151_53.pdf

Imvestigações sobre o controle neuromotor do músculo reto do abdome




O músculo reto do abdome é um importante músculo da parede abdominal, responsável pela estabilização e função da coluna, tanto em atividades atléticas quanto em atividades cotidianas. Entretanto, pouco se conhece sobre o controle neuromotor de tal  estrutura em atividades voluntárias, como os exercícios abdominais, e como as diferentes tarefas agem na ativação segmentada das porções musculares do músculo reto do abdome.

Em geral, a presente dissertação teve como objetivo investigar o controle neuromotor do músculo reto do abdome em diferentes tarefas voluntárias através de quatro experimentos. O primeiro experimento teve como objetivo descrever as características morfológicas do músculo reto do abdome, em particular sua área de secção transversa, ao longo do comprimento longitudinal 
do músculo, utilizando as imagens do Projeto Homem Visível da National Library of Medicine. O segundo experimento objetivou o mapeamento dos pontos motores para cada porção muscular. O terceiro experimento investigou o controle neuromotor das diversas porções musculares em tarefas isométricas de baixa intensidade. E por fim, o quarto experimento investigou o comportamento das porções musculares em diferentes tarefas isométricas em condição de fadiga neuromuscular.

Baseado nos experimentos apresentados neste estudo pode-se concluir que o músculo reto do abdome é uma estrutura extremamente complexa em sua arquitetura, sendo 
caracterizada por diversas porções musculares que se interconectam através de aponeuroses tendíneas, onde, provavelmente nenhuma fibra muscular atravesse suas porções. Devido a tal consideração, supõe-se que o controle das diversas porções, por sua independência anatômica, dependa de um aporte nervoso diferenciado para o controle motor. Assim, podem-se definir pelo menos um nervo para cada porção em ambos  os ventres. Devido a tais considerações, se torna plausível considerar um controle neuromotor diferenciado de cada porção muscular, mas os experimentos relacionados à ativação muscular de baixa intensidade mostram um controle central compartilhado por todos os ventres e um ganho associado à tarefa para cada porção de forma distinta.

Os resultados do experimento 
de indução de fadiga demonstraram diferenças no espectro, mostrando diferenças no controle neuromuscular em função das tarefas, mas não apresentou diferenças na análise temporal. Conclui-se,  então, que existe uma ativação seletiva para cada porção muscular, embora não se consiga  ativar apenas uma região do ventre muscular, em função do controle central associado. Deste modo, parece que a alteração da tarefa possui valor na alteração da ênfase para cada porção muscular, mas questiona-se o valor deste ganho para objetivos relacionados à força ou hipertrofia muscular.

Leia o artigo completo em PDF aqui: http://ebm.ufabc.edu.br/publications/md/marchetti05.pdf

domingo, 2 de dezembro de 2012

Nike: Encontre Sua Grandeza "Destino"


Faz tempo que a gente fala que Deus é brasileiro.E que não é a gente que traça o nosso destino. A real é que grandeza não é um presente que cai no colo.Porque grandeza não vem de cima.Vem do nosso esforço.Do nosso suor. 


Comercial muito bacana da Nike. Um tanto quanto inspirador. Maior a força que está dentro de nós do que a que está no mundo.

sábado, 1 de dezembro de 2012

AIDS e Atividade Física

Após o surgimento dos primeiros casos da Síndrome de Imunodeficiência Adquirida (AIDS), no início da década de 80, acreditou-se por muitos anos que o repouso e a preservação das reservas energéticas, evitando-se a prática de atividades físicas fosse o procedimento mais recomendável para portadores da doença. Isto se justificava em virtude da grande perda de peso observada, levando a crer que a prática de exercícios físicos agravaria o processo de emagrecimento. Da mesma maneira, existia a crença de que o desgaste físico provocado pelos exercícios diminuiria a resistência do paciente, facilitando o avanço do agressivo vírus HIV sobre o sistema imunológico, permitindo assim o aparecimento de doenças oportunistas, provocado pela baixa resistência imunológica.

O Diretor Executivo do CREF7/DF-GO-TO, Arlindo Pimentel (CREF 001714-G/DF), membro do Grupo de Pesquisa em Saúde Pública e HIV/AIDS do Hospital das Forças Armadas de Brasília, indica que estudos científicos mais recentes, todavia, apontam para uma direção totalmente contrária. Segundo ele, hoje, o entendimento no meio científico é o de que a prática regular de exercícios físicos não só é recomendável, como imprescindível, no auxílio ao tratamento dos portadores de HIV/AIDS, em praticamente qualquer estágio da síndrome. Ele acrescenta que, caso o praticante soropositivo estiver sofrendo de vertigens ou mal estar, a carga deve ser diminuída até que os sintomas também diminuam. Se houver a presença de febre, deve-se suspender o treinamento até que a mesma desapareça.

Com avaliação e acompanhamento médico, a prescrição, por um profissional de Nutrição, de uma dieta que vise a compensar e preparar o organismo para a prática de atividades físicas mais intensas e o planejamento de um programa criterioso de exercícios físicos, por um Profissional de Educação Física, o portador de HIV/AIDS só tem a ganhar, não apenas em termos objetivos de melhoria do estado geral de saúde, como também em aspectos subjetivos de qualidade de vida e integração social, explica Pimentel.

Os exercícios físicos indicados para os portadores de HIV/AIDS, de modo geral, são os aeróbicos e de resistência muscular localizada. Por este motivo, a Musculação é considerada a modalidade mais recomendada para os portadores da síndrome, até mesmo pela própria facilidade de monitoramento das condições gerais do praticante. Devem ser associados também exercícios de alongamento e flexibilidade, bem como exercícios que objetivem o incremento do equilíbrio e da percepção e inteligência cinestésicas, explica o Profissional.

Segundo ele, para os soropositivos, o programa de exercícios deve ser sempre individualizado, com metas e limites claramente definidos, associado a um monitoramento constante e igualmente programado programa de monitoramento. Também a observação da relação carga e repouso deve ser extremamente respeitada, pois o portador de HIV/AIDS não pode se sujeitar aos indesejáveis efeitos do sobretreinamento (overtraining).

Em alguns casos, o uso de esteróides anabólicos para portadores do HIV, associado à prática de exercícios tem sido recomendado, desde que prescritos exclusivamente através de critério médico e, mesmo assim, ainda há carência de estudos que indiquem até que ponto os benefícios podem justificar a adoção de tal medida, explica o Profissional. Ele acrescenta que, caso o praticante soropositivo estiver sofrendo de vertigens ou mal estar, a carga deve ser diminuída até que os sintomas também diminuam. Se houver a presença de febre, deve-se suspender o treinamento até que a mesma desapareça.

No que tange a desportos em geral, deve-se apenas evitar a prática de esportes que possam mais facilmente provocar lesões, cortes e traumatismos, pois qualquer acidente é sempre arriscado para o soropositivo. De todo modo, desde que se observem as devidas medidas de segurança e que sejam respeitadas as limitações relativas à intensidade e à duração das sessões de treinamento, não há esportes contra-indicados para os soropositivos, à exceção do Boxe, devido à grande possibilidade de sangramentos e ao constante contato físico dos lutadores, conclui o Diretor Executivo do CREF7/DF-GO-TO.

Em diversos países, inclusive no Brasil, desenvolvem-se cada vez mais políticas públicas e programas de saúde voltados para o estímulo e apoio à prática de exercícios físicos pelos soropositivos. Neste cenário, é essencial o papel do Profissional de Educação Física como único agente de saúde capacitado para a aplicação segura de um programa de treinamento adequado. Portanto, da mesma maneira que a prática de exercícios físicos é importante para qualquer pessoa, como meio de promoção da saúde e da qualidade de vida, o mesmo se aplica aos portadores de HIV/AIDS, constituindo uma importante ferramenta para sua longevidade e suas capacidades biológica, psicológica e social.

Apenas a título de observação, lembramos que os linfócitos são um importante grupo de células em nosso sistema imunológico e se dividem em duas categorias: os linfócitos B e os linfócitos T.

Os linfócitos B protegem o corpo contra os micróbios, fabricando substâncias chamadas anticorpos, que vão colar-se ao micróbio, impedindo-o de agir. Entre os linfócitos, há os chamados de T4 (também chamados CD4), que são os responsáveis por alertar o sistema imunológico que é necessário se defender. Sem estarem avisados pelos linfócitos T4, os linfócitos B não funcionam. O vírus HIV ataca justamente os linfócitos T4 (CD4). Daí porque o aumento da produção de tais células, advinda da prática de exercícios físicos é de suma importância para o soropositivo.

BENEFÍCIOS DA ATIVIDADE FÍSICA DO SOROPOSITIVO


Objetivos (Físicos)

Ganho de força muscular: A infecção pelo vírus do HIV pode levar à perda de força e resistência muscular, além de afetar as funções neuromusculares, gerando inclusive problemas de perda de equilíbrio, o que pode ser combatido através de um trabalho específico de exercícios físicos.

- Aumento da massa magra, gerando ganho de peso pela hipertrofia muscular e melhor proporção estética.
- Aumento do Apetite e conseqüente melhora na digestão.
- Melhora nos padrões de sono: O relógio biológico se torna mais regulado.

Melhora na aptidão cardiovascular: A infecção pelo HIV diminui a capacidade aeróbica e gera sensação de fadiga. O ganho de condicionamento físico pode aliviar consideravelmente tais efeitos.

Combate à síndrome da lipodistrofa: O coquetel de medicamentos utilizado no combate ao vírus provoca, como efeito colateral, uma redistribuição da gordura corporal, conhecida como Lipodistrofa, caracterizada pelo aumento do volume da cintura, um afinamento acentuado das extremidades (membros inferiores, membros superiores e cintura escapular), uma diminuição da gordura subcutânea com aumento da gordura visceral e sanguínea (aumentando as taxas de colesterol e triglicerídeos), o encovamento facial e o surgimento de uma bolsa de gordura atrás da região cervical, denominada cor-cova de búfalo (bufalo hump). A prática regular de exercícios físicos tem se revelado como um importante instrumento no combate a tais efeitos, com resultados extremamente animadores.

Fortalecimento do sistema imunológico: Já é cientificamente comprovado que os exercícios físicos também aumentam o número de linfócitos T ou CD4, o que permite ao sistema imunológico responder melhor às doenças oportunistas que acometem os soropositivos.

ESTUDO COMPROVA A IMPORTÂNCIA DA ATIVIDADE FÍSICA PARA OS SOROPOSITIVOS

Desenvolvido por cinco pesquisadores, entre eles os Profissionais de Educação Física Felipe Fossati Reichert (CREF 003807-G/RS) e Edilson Serpeloni Cyrino (CREF 003726-G/PR), a pesquisa Atividade Física habitual em portadores de HIV/AIDS aponta que atualmente a atividade física vem se mostrando uma grande aliada na qualidade de vida de portadores de HIV/AIDS, uma vez que pode minimizar os efeitos colaterais dos medicamentos. Segundo o estudo, as complicações decorrentes da terapia anti-retroviral podem não só agravar o estado de saúde do paciente, como também diminuir a aderência à medicação. Desta forma, algumas pesquisas demonstram diversos benefícios proporcionados pela prática de atividade física sistematizada para esta população, ou seja, atua na diminuição dos efeitos colaterais resultantes da terapia medicamentosa, atuando como um importante agente terapêutico no controle da lipodistrofa, na redução da fadiga, aumento da força e massa muscular, aumento da capacidade funcional, além da melhoria da aptidão cardiopulmonar.

Entre outras coisas, a pesquisa conclui sobre a necessidade de estratégias de intervenção para aumentar os níveis de atividade física em indivíduos portadores de HIV/AIDS.

Fonte: www.confef.org.br
Visualizar em PDF: www.confef.org.br

domingo, 25 de novembro de 2012

Com dois ouros nas OEs, promessa dribla diabetes e se inspira em Cielo


Campeão nos 50m borboleta e nos 50m livre e prata nos 100m livre, Matheus Santana, de 16 anos, sonha em conhecer o campeão olímpico em Pequim.


Por GLOBOESPORTE.COM
Rio de Janeiro
Nem a diabetes tem sido capaz de frear as braçadas do jovem Matheus Santana. Depois de se destacar no Troféu Chico Piscina de Mococa (SP), realizado em setembro, e ser comparado ao campeão olímpico Cesar Cielo, o nadador que deu suas primeiras braçadas na escolinha do Fluminense e atualmente defende o Botafogo voltou a brilhar neste sábado. Aos 16 anos, ele foi o grande destaque do torneio de natação das Olimpíadas Escolares do Rio de Janeiro, no Parque Aquático Julio de Lamare, com duas medalhas de ouro nas provas dos 50m borboleta e dos 50m e uma de prata nos 100m livres.
Matheus Santana, nadador juvenil do Botafogo (Foto: Lydia Gismondi)
Matheus conquistou três ouros no torneio de natação das Olimpíadas Escolares (Foto: Lydia Gismondi)
Se o desempenho deste sábado já é o suficiente para credenciá-lo como umas das apostas para os Jogos do Rio, em 2016, a quebra do recorde brasileiro dos 50m na categoria até 16 anos, que era de 23'29 e pertencia a Cesar Cielo desde 2003, o transformou no jovem mais visado da natação brasileira.
Matheus reconhece que a marca de 23'01 alcançada no Troféu Chico Piscina em setembro trouxe fama e a mídia para sua vida, mas afirma que nem por isso se sente mais pressionado cada vez que mergulha dentro d'água. Tranquilo e perfeccionista, o nadador de 16 anos sabe exatamente aonde quer chegar.
- Eu já vinha trabalhando forte para isso, e fiquei muito feliz por ter quebrado uma marca que já durava dez anos. O assédio da imprensa e as brincadeiras dos colegas, que sempre me comparam ao Cielo, aumentaram e eu consegui mais patrocinadores depois do recorde. O resto continua igual. Meu objetivo agora é disputar os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro - afirmou.
Enquanto as Olimpíadas no Brasil não chegam, o nadador e torcedor do Botafogo, que não liga muito para futebol, mas admira o holandês Seedorf, espera poder conhecer em breve sua maior fonte de inspiração nas piscinas.
- Já participei de duas competições que o Cielo também nadou, mas nunca tive a oportunidade de conversar com ele. Fiquei feliz de saber que ele falou de mim quando quebrei o recorde. Gostaria muito de conhecê-lo.
Se os adversários costumam dar bastante trabalho nas piscinas, Matheus garante que a diabetes não atrapalha em nada seu desempenho dentro d'água.
- Já estou acostumado a lidar com isso e acho até que ela me ajuda a me preparar melhor e ser mais dedicado nos treinamentos - explicou o nadador, que toma quatro aplicações dirárias de insulina.

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Vídeo: CrossFit na Preparação de Atletas da NFL


Crossfit na Preparação Física de Atletas da NFL (Futebol Americano)


Vídeo: Treinamento de Atletas de Futebol Americano


Vídeo de Treinamento e Condicionamento Físico para atletas de Futebol Americano.

Força, Velocidade e Agilidade.

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Reconheça e evite esses sete erros ao tratar uma dor de cabeça


Estresse físico e emocional, barulho, luminosidade excessiva, dormir pouco, jejum prolongado, consumo excessivo de álcool, gorduras, sedentarismo: todos esses são apenas alguns dos gatilhos mais comuns para a dor de cabeça. Segundo dados da Sociedade Brasileira de Cefaleia, cerca de treze milhões de brasileiros apresentam dores de cabeça diariamente. 

A neurologista Thaís Rodrigues Villa, da Universidade de São Paulo (USP), explica que a grande maioria, infelizmente, costuma procurar atendimento médico apenas quando a dor de cabeça aparece com crises intensas e, principalmente, muito frequentes. Mas esse é apenas um dos equívocos quando o assunto é tratar a cefaleia. Veja outros sete erros e elimine a dor de cabeça junto com esses maus hábitos.

Automedicação

O uso excessivo de analgésicos, sem prescrição médica, pode transformar uma dor de cabeça esporádica em crônica, ou seja, quase diária. "Quanto mais se toma analgésicos, menos efeito eles fazem, o que pode fazer a pessoa procurar remédios mais potentes, ou aumentar sua dose, levando a um perigoso círculo vicioso de dor", explica a neurologista Thaís Rodrigues Villa. O uso excessivo de medicações analgésicas é hoje a principal causa da enxaqueca crônica. "Analgésicos são medicações necessárias e excelentes para o tratamento das crises de dor aguda - o problema é a forma indiscriminada com que são usados, sem um diagnóstico e orientação médica adequada", explica.

Ao procurar um médico para tratar a dor, muitos pacientes tem que ser "desintoxicados" de todos esses remédios. Ou seja, todos os medicamentos utilizados são suspensos, para que o tratamento que vai prevenir a dor crônica funcione.


Não prestar atenção na dor - Getty Images
Não prestar atenção na dor

Fazer um diário de dor de cabeça ajuda não apenas quem sofre com a dor, mas também seu médico a combater a cefaleia - uma vez que os diagnósticos da enxaqueca e da dor do tipo tensional se baseiam nos dados clínicos, ou seja, nas informações que o paciente trouxer à consulta. "Quanto mais detalhado melhor", orienta Thaís Rodrigues, que aconselha: "Deve-se anotar no diário os dias em que a dor acontece, sua duração, intensidade, sintomas associados, se houve uso de alguma medicação e a situação desencadeante da crise". 
Manter os velhos hábitos - Getty Images

Manter os velhos hábitos

Junto com o diário da dor, você vai também acabar descobrindo quais situações fazem a sua dor se agravar e, com isso, poderá evitá-las. A neurologista Thaís Rodrigues Villa explica que inibir as crises é a base do tratamento da cefaleia. Mudar hábitos, conforme a orientação do seu médico, é o primeiro passo para acabar com o incômodo. 
Não seguir o tratamento médico - Getty Images

Não seguir o tratamento médico

Mesmo evitando os desencadeantes, algumas pessoas precisarão fazer um tratamento específico para prevenir que as crises ocorram. Ele é feito com medicações não analgésicas, prescritas pelo médico caso a caso, que vão ser tomadas diariamente por algum tempo. O neurologista José Geraldo Speciali, da Sociedade Brasileira para Estudos da Dor (SBED), explica que quando as crises são de baixa frequência - até duas vezes por mês - pode-se tomar analgésico apenas nos dias da crise. Mas se elas excedem essa frequência, há necessidade do tratamento preventivo por um tempo de, no mínimo, seis meses.
Tentar se diagnosticar - Getty Images

Tentar se diagnosticarThaís Rodrigues explica que é comum confundir os fatores desencadeantes (dormir mal, por exemplo) com as causas da cefaleia. "Identificar os gatilhos refere-se a descobrir quais fatores estão relacionados ao aparecimento das crises, mas quem vai diagnosticar e tratar a doença de base é o médico especialista, em geral neurologista, que deve ser procurado idealmente para um diagnóstico e tratamento corretos", orienta. 

Conviver com a dor - Getty Images

Conviver com a dor

A dor é um alerta de que algo está fora de ordem no seu corpo, eliminar esse sinal pode trazer consequências indesejadas. O neurologista José Geraldo Speciali conta que estudos demonstram que quem sofre de cefaleia frequente tem pior qualidade de vida em comparação com quem não convive com a dor. "E mais, os pacientes evitam situações importantes como contato social, reuniões familiares e processos seletivos em função da ansiedade, ou seja, o medo de assumir compromissos e não poder ir caso tenha uma crise nesse dia", conta. 
Esperar a dor passar - Getty Images

Esperar a dor passar

Muita gente pensa que o melhor é esperar a dor de cabeça passar. Mas nem sempre isso funciona. Thaís Rodrigues explica que a dor de cabeça crônica tem tratamento. Ele é feito com medicações prescritas por um especialista - a maioria dessas medicações são tomadas via oral. Mas também existem outras opções, como a acupuntura, as orientações de rotina, como a alimentação adequada, e o exercício físico regular. 

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Corpo são, mente sã




Postado por: Mundo Verde em 31 de Outubro de 2012
Todo mundo deseja ter uma velhice saudável, por dentro e por fora, não é verdade? Manter a capacidade de pensar de forma ágil e se lembrar dos fatos é considerado ainda mais importante para quem está na terceira idade do que ter um corpo enxuto e bonito. Mas, você sabia que desenvolver a capacidade cardiorrespiratória dá mais anos de vida útil à massa cinzenta?
Em 1970, o Instituto Nacional de Saúde americano começou a testar o coração e os pulmões de quase 60 mil voluntários, separando-os em três grupos: o dos participantes de preparo físico ruim, outro com os medianamente treinados e um último que incluía detentores de um belo fôlego. Ao longo das décadas, foram registrados 4.047 falecimentos, sendo 164 por demências. “A maioria desses óbitos se concentrou no grupo de baixa capacidade cardiorrespiratória”, revela a neurocientista Rui Liu, autora do trabalho. Segundo ela, os exercícios incrementariam a circulação na cabeça, garantindo o aporte de nutrientes aos neurônios.
Outros estudos mundo a fora comprovam mais benefícios das atividades físicas para o cérebro humano. Na Universidade de Kyoto, no Japão, pesquisadores descobriram que suar a camisa reduz, dentro da cabeça, a formação das placas beta-amiloides, responsáveis pela doença de Alzheimer. Segundo um trabalho recém-concluído pela Associação Americana de Neurologia, pessoas na meia idade com IMC acima de 25 apresentam um maior risco de desenvolver algum tipo de demência quando ficam mais velhas. No estudo, cerca de 8 500 irmãos gêmeos foram pesados quando estavam na meia idade e, trinta anos depois,  submetidos a uma avaliação neurológica.
Entre os que foram diagnosticados com doença de Alzheimer e demência vascular — aquela causada pelo entupimento de vários vasinhos no cérebro —, 39% possuíam sobrepeso e 7% eram obesos por volta dos 35 anos. Essa incidência foi 80% maior em relação às pessoas com IMC abaixo de 25. A explicação deve estar nos problemas circulatórios que normalmente afetam quem está fora do peso ideal.
Alimentação
Quem é obeso ou está com sobrepeso tem tendência a apresentar um aumento nos níveis de colesterol, pressão e glicemia, o que compromete os vasos sanguíneos. Quando a circulação é prejudicada, os vasos cerebrais também são atingidos e, em caso de entupimento, deixam de irrigar os neurônios, facilitando déficits cognitivos. Além disso, há indícios de que os mesmos fatores por trás de males vasculares contribuam para o aparecimento do Alzheimer, mal que afeta a memória, o raciocínio e a localização no espaço.
Fonte: www.mundoverde.com.br
Colaboração: revista SAÚDE





quarta-feira, 31 de outubro de 2012

FDA faz avaliação sobre dois novos medicamentos para controle de peso


FDA faz avaliação sobre dois novos medicamentos para controle de peso
The New England Journal of Medicine publica entrevista com o Dr. Jerry Avorn sobre a recente aprovação de dois medicamentos para perda de peso pelo Food and Drug Administration (FDA)Devido a uma complexa interação entre fatores genéticos, ambientais e culturais, a obesidade atingiu proporções epidêmicas nos Estados Unidos. As consequências adversas da obesidade para a saúde são múltiplas, envolvendo potencialmente todos os principais órgãos e contribuindo para a redução da qualidade de vida. O objetivo de todas as terapias antiobesidade é o balanço energético negativo. Medicamentos têm sido muito utilizados na tentativa de alcançar este objetivo, no entanto, o uso de promissoras medicações para a perda de peso tem sido abandonado por causa de efeitos tóxicos graves, tais como:

  • Aminorex causou hipertensão pulmonar.
  • Fenfluramina e a dexfenfluramina, valvulopatia.
  • Fenilpropanolamina, acidente vascular cerebral.
  • Rimonabanto, ideação e comportamento suicidas.
  • Sibutramina, infarto do miocárdio e acidente vascular cerebral.
A remoção da sibutramina do mercado deixou o Orlistat como o único medicamento aprovado para o tratamento a longo prazo da obesidade.
Foi com essa história conturbada e a inegável necessidade de encontrar um medicamento eficaz e seguro para auxiliar a perda de peso, que o FDA aprovou recentemente duas novas drogas, complementares a uma dieta de baixa caloria e ao aumento da atividade física, para o manejo crônico da perda de peso em adultos obesos (definidos como tendo um índice de massa corporal ≥ 30 kg/m² ou adultos com sobrepeso que tenham IMC ≥ 27 kg/m²) com pelo menos uma condição médica coexistente relacionada à obesidade, tais como hipertensão arterialdiabetes mellitus tipo 2 ou dislipidemia.
Belviq (cloridrato de lorcaserin, da Arena Pharmaceuticals) é um agonista seletivo do receptor da serotonina (5-hidroxitriptamina) 2C (5-HT2C) no cérebro. O Qsymia (fentermina e topiramato de liberação prolongada, daVivus) é uma combinação de dose fixa de uma amina simpatomimética fentermina, que é um agente anorexígeno, e um medicamento antiepiléptico, o topiramato. Ambos os medicamentos reduzem o apetite e, em algumas pessoas, induzem um balanço negativo de energia.
Em um ano de ensaios clínicos controlados com placebo em que todos os participantes receberam instrução quanto à modificação do estilo de vida, o lorcaserin e a combinação de fentermina e topiramato mostraram preencher os critérios para uma perda de peso clinicamente significativa. E, em comparação com a administração de placebo, o tratamento com as medicações geralmente estão associados a alterações numericamente mais favoráveis em parâmetros cardiometabólicos e antropométricos (por exemplo, pressão sanguínea, HDL colesterol e a circunferência abdominal). Ambas as drogas também melhoraram os níveis dehemoglobina glicada em participantes com excesso de peso e obesos com diabetes tipo 2.
A princípio foram identificadas algumas preocupações de segurança sobre o lorcaserin, como um aumento daincidência de vários tipos de tumores em ratos - entre eles, os tumores mamários e do cérebro - e um desequilíbrio numérico na incidência de valvulopatia. A preocupação com o potencial de lorcaserin para aumentar o risco de câncer de mama em humanos diminuiu depois que os dados sobre os tumores mamários em ratos foram reavaliados por um painel de cinco patologistas independentes que, com quase unanimidade, categorizaram os tumores como menos malignos do que as leituras anteriores e iniciais. Um estudo clínico, demonstrando que apenas uma pequena fração da dose administrada de lorcaserin entra no sistema nervoso central, indicou que havia uma grande margem de segurança em seres humanos e as preocupações sobre os tumores cerebrais foram dissipadas.
Os medicamentos para perda de peso fenfluramina e dexfenfluramina foram retirados do mercado em 1997 por uma associação com valvulopatia cardíaca. Pesquisas subsequentes indicaram que a ativação de receptores nas células intersticiais cardíacas por medicamentos (5-HT2B) era menos provável que o mecanismo responsável pela valvulopatia. Com base nos dados ecocardiográficos de mais de 5.200 participantes que receberam lorcaserin ou placebo acima de um ano, o risco relativo de valvulopatia em participantes tratados com lorcaserin, em comparação com aqueles que receberam placebo, foi de 1,16 (95% intervalo de confiança, 0,81-1,67). Considerado isoladamente, o aumento de 16% no risco relativo devalvulopatia, embora não estatisticamente significativo, foi de alguma preocupação. No entanto, os dados obtidos em ensaios de receptores in vitro indicaram que lorcaserin tem uma seletividade muito maior para o receptor 5-HT2C do que para o receptor 5-HT2B e não deve, na dose clinicamente recomendada, esperar-se que ele ative o receptor de 5-HT2B. Por conseguinte, com base nos dados destes e de outros estudos, o FDA concluiu que é improvável que o lorcaserin aumente o risco de valvulopatia em seres humanos.
Preocupações potencialmente graves de segurança com a associação fentermina e topiramato de liberação prolongada incluíram teratogenicidade e elevação da frequência cardíaca de repouso. Dados preliminares que sugeriram que as mulheres que receberam topiramato durante a gravidez estavam mais propensas a terbebês nascidos com uma fenda orofacial foram corroborados por estudos farmacoepidemiológicos adicionais. Assim, a aprovação de fentermina e topiramato exigiu uma avaliação de risco e estratégia de mitigação (REMS). A REMS incluiu uma guia da medicação, uma brochura para o paciente e um programa de treinamento formal para os prescritores, os quais informavam os pacientes e prescritores do risco de teratogenicidade e sublinhavam a necessidade de mulheres com potencial reprodutivo usarem formas eficazes de contracepção. A REMS também permitia somente farmácias certificadas a dispensar esta medicação, além de melhorar a distribuição de materiais informativos para os pacientes e de maximizar a formação do médico.
O tratamento com fentermina e topiramato em doses de 7,5 mg e 15 mg/46 mg/92 mg foi associado a aumentos médios da frequência cardíaca de 0,6 batimentos por minuto (bpm) e 1,6 bpm, respectivamente, em comparação com o placebo. No entanto, os participantes do estudo tratados com estas doses apresentaram maiores reduções médias na pressão arterial do que os participantes que receberam placebo. Levando-se em conta a magnitude da perda de peso e as mudanças favoráveis na pressão arterial, o FDA concluiu que a relação risco x benefício foi positiva e apoiou a aprovação de fentermina mais topiramato de liberação prolongada. A bula do medicamento recomenda o monitoramento da frequência cardíaca e o não uso desta medicação em pacientes com história recente de doença cardíaca ou cerebrovascular, uma vez que o seu uso nestes pacientes não foi estudado.
Além das preocupações de segurança descritas acima, lorcaserin pode aumentar o risco de doenças psiquiátricas, cognitivas e levar a efeitos adversos serotoninérgicos. Fentermina e topiramato podem levar a efeitos adversos tais como aumentar o risco de acidose metabólicaglaucoma, doenças psiquiátricas e cognitivas.
O FDA reconhece que não há mais a aprender sobre essas drogas. Para garantir que outros dados relevantes sejam obtidos, a agência está exigindo que os fabricantes dos medicamentos realizem uma série de testes após a aprovação clínica. Um dos requisitos para ambas as drogas é uma avaliação rigorosa e de longo prazo sobre a segurança cardiovascular em pacientes com sobrepeso e obesidade.
O FDA está ciente da preocupação com o uso sem indicação de lorcaserin ou de fentermina com topiramato por consumidores que querem perder alguns quilos por razões estéticas, uma vez que estas drogas são associadas a riscos potencialmente graves e destinam-se a serem usadas por longo prazo. É importante que a sua utilização seja limitada a pacientes para os quais ela é mencionada. Além disso, os médicos e os pacientes devem seguir as recomendações das bulas relativas à resposta dos pacientes. Com base nas análises do FDA, foi determinado que, se depois de 12 semanas de tratamento com lorcaserin, um paciente não perdeu pelo menos 5% do peso corporal inicial, o uso do medicamento deve ser interrompido, uma vez que é pouco provável que ele vá atingir uma perda de peso significativa com a continuação do tratamento. De modo semelhante, se ao fim de 12 semanas de tratamento com fentermina e topiramato na dose de 7,5 mg mg/46, um paciente não perdeu pelo menos 3% do peso inicial, a droga deve ser descontinuada ou a dose deve ser aumentada. Se a última opção é escolhida e o doente não perder pelo menos 5% do peso inicial, durante um período adicional de 12 semanas de tratamento, o medicamento deve ser interrompido, uma vez que o paciente provavelmente não irá perder peso de maneira significativa com a continuação do tratamento.
Como ocorre com qualquer medicação recém-comercializada, pode haver benefícios e riscos associados ao uso de lorcaserin ou de fentermina e topiramato ainda desconhecidos. No entanto, com base nos dados disponíveis, o FDA determinou que estas duas drogas têm perfis favoráveis de risco versus benefício para o controle de peso em alguns pacientes obesos ou com sobrepeso.
NEWS.MED.BR, 2012. FDA faz avaliação sobre dois novos medicamentos para controle de peso. Disponível em: . Acesso em: 31 out. 2012.

sábado, 20 de outubro de 2012

Vídeo com portadores de leucemia já tem 135 mil acessos


Funcionários do Hospital Nossa Senhora das Graças, em Curitiba, incentivam a doação de medula óssea com uma ajudinha da internet

Publicado em 18/10/2012 | KAMILA MENDES MARTINS

Ao som do refrão “What doesn’t kill you make you stronger” (O que não te mata te faz mais forte – em tradução livre), do hit “Stronger”, pacientes, pais, médicos e funcionários do Hospital Nossa Senhora das Graças, em Cu­­ri­­tiba, fizeram um vídeo para estimular o transplante de medula óssea no Brasil. Publicado na última segunda-feira no Youtube, em menos de 48 horas ele já tinha sido visto por mais de 26 mil pessoas. Nesta sexta-feira (19/10) de manhã, mais de 135 mil acessos haviam sido contabilizados.
O refrão da música da cantora Kelly Clarkson é contagiante e, depois de assistir aos pacientes dançando, sorrindo e entoando a canção, é impossível ficar indiferente.

Quem teve a ideia foi Her­­mes Lima Ribeiro, voluntário no processo de transporte de medula óssea de outros países para o Brasil e irmão do hematopediatra do Hospital Nossa Senhora das Graças, Lisandro Lima Ribeiro. “Eu estava em Nova York justamente para trazer a medula coletada de um doador. Lá tocava essa música no rádio o tempo todo. Quando voltei ao Brasil, resolvi pesquisá-la na internet, e o primeiro resultado da busca foi um vídeo produzido pelo pessoal do Children’s Hospital em Seattle, feito pelas crianças lá internadas”, conta Hermes.

O irmão comprou a ideia, e os dois conseguiram o apoio da diretoria do hospital. Convencer pais, funcionários e pacientes a participar foi fácil. Com o objetivo de estimular as pessoas a serem doadoras de medula óssea e ao mesmo tempo mostrar que é possível encarar a doença sempre com alegria, eles abraçaram a causa e se tornaram atores por uma semana.


Disponibilidade
O doutor Lisandro ressalta que, além de conscientizar as pessoas sobre a importância de se tornar um doador, é importante entender que é essencial que permaneçam como tal. “Acontece muito de pessoas que estão enfrentando o problema na família se cadastrarem no banco. Porém, depois que o familiar se cura, elas desistem de doar para outros. Já houve caso de encontrarmos um doador 100% compatível que depois se tornou indisponível, impossibilitando o procedimento. Imagine a frustração.”
Gravações

As quatro noites de gravação foram um acontecimento na vida dos pacientes. “A rotina deles é de tratamento, de medicação, de consultas. O vídeo fez com que eles se animassem e se divertissem durante a produção”, diz o psicólogo do hospital José Roberto Figueiredo Palcoski. “Notamos uma melhora da autoestima, da aceitação ao tratamento e a permanência no hospital. Há pacientes que chegam a ficar internados por 40 dias.”


Para a estudante de Odon­­tologia Isabella Matu­­moto, de 19 anos, o vídeo foi especial. Ela descobriu que tinha leucemia há quatro anos e, durante três, fez o tratamento. A doença entrou em estado remissivo e por 10 meses a garota não precisou tomar medicamentos. Mas o problema voltou e agora ela terá de fazer um transplante de medula óssea. Como ninguém de sua família era compatível, foi preciso recorrer ao Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea. Felizmente ela já encontrou alguém que poderá salvar sua vida. “Eu não sei nada sobre essa pessoa. Mas já a amo muito. Como diz o ditado, ela está fazendo o bem sem olhar a quem.”

As lutas da vida real

Brincadeira

Em dezembro de 2011, Matheus Steilein Trevizani (foto), com 3 anos na época, começou a sentir fortes dores na perna. Após uma ressonância magnética, células de câncer foram encontradas. A mãe, Jaqueline, conta que em quase um ano de tratamento o menino jamais deixou de brincar, de correr ou de sorrir. “Ele é cheio de energia, de alegria. Encarou tudo como uma brincadeira.” Segundo ela, o vídeo mostra a importância de ser um doador. A dificuldade de encontrar alguém compatível fora da família é muito pequena. Quanto mais pessoas cadastradas como doadores, melhor.”

Careca

Isabella Matumoto, 19 anos (foto), encontrou no banco de doadores de medula óssea alguém compatível com ela e em breve poderá passar pelo procedimento. Ela não sabe seu nome, endereço, raça, idade ou sexo, mas espera que em dois anos (tempo em que nem doador nem receptor podem entrar em contato um com o outro) possa conhecê-lo. Ela havia decidido não participar do vídeo por não ter “assumido” a careca. Seu pai, Francisco Matumoto, resolveu substituí-la e ela se emocionou. “Agora vejo minha careca e tenho orgulho. Espero que o vídeo ajude muita gente”, conta.

Nossa missão é ajudar

Gabrielli Folle, 12 anos - Com 80% de chances de cura por meio do tratamento quimioterápico, que deve durar dois anos, Gabrielli Folle, de 12 anos, encara a luta com muita força e coragem. A mãe dela, Fabielli Folle, ainda não descartou a possibilidade de a menina ter de realizar o transplante no futuro, mas elas acreditam que é possível sim conscientizar as pessoas da importância de se tornarem doadoras. “Essa luta não é fácil. É preciso ficar atento a qualquer probleminha que ela tenha, como febre, alguma dor, até picada de mosquito pode se tornar algo muito grave. Mas nós acreditamos que estamos nesse mundo para ajudar o próximo. Assim, podemos fazer a diferença”, diz a mãe. E participar do vídeo foi um oportunidade para que elas ajudassem a tocar o próximo a fazer o bem. “[A sensação de ter participado] é incrível. É emocionante. Fico quase sem palavras. Muitas pessoas nem sabem que é possível ter esse ato de amor. Antes de eu passar por isso, também não sabia. Agora quero ajudar a divulgar”, conta a menina. “Acredito que muitas pessoas vão ver o vídeo, se emocionar e sentir que devem doar medula para salvar uma vida.”

Dois objetivos

Daniel Ansay, 30 anos - Após passar a sentir muito cansaço, Daniel Ansay, 30 anos, decidiu começar a praticar exercícios para melhorar seu condicionamento físico. Quando fez os exames recomendados, a leucemia foi detectada. Depois do choque inicial, Daniel passou a fazer o tratamento quimioterápico, hoje a doença já está controlada e ele recebeu alta. Mesmo não tendo precisado de transplante de medula, seus quatro irmãos fizeram os testes de compatibilidade e nem um poderia ser doador. Isso significa que, se no futuro ele tiver de fazer um transplante, precisará encontrar alguém cadastrado no banco de medula óssea. “Quando me convidaram para participar do vídeo, eu já estava em alta, mas aceitei na hora. Essa foi uma grande oportunidade para duas coisas: a primeira mostrar para quem sofre com o problema que há outras pessoas na mesma situação e estão lidando com isso sempre com muita força. E a segunda foi divulgar a importância de ser um doador de medula.”

A ajuda veio da Alemanha

Noah de Brito Nadalini, 1 ano e 3 meses - Aos 10 meses de idade, Noah de Brito Nadalini foi diagnosticado com leucemia. Como seu caso era grave, o bebê precisava o quanto antes de um transplante de medula óssea. Felizmente, em apenas quatro meses veio a notícia de que havia um cordão umbilical compatível na Alemanha. O material veio para o Brasil, e há três semanas, pouco tempo depois de Noah e seus pais terem participado das gravações do vídeo, ele foi submetido ao transplante. “Fizemos questão de participar do vídeo com o Noah. Nós já temos um blog, no qual divulgamos toda a história dele e incentivamos as pessoas a serem doadoras. Muita gente conta que depois que leu o blog resolveu se cadastrar no banco de doadores de medula óssea”, diz a mãe dele, Camila Brito Nadalini. O menino agora está bem, mas continua internado de forma isolada porque sua imunidade está muito baixa. “Por enquanto só meu marido e eu ficamos com ele. Os cuidados são muito intensos nessa fase, mas acredito que em três semanas possamos ir todos para casa.”


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