terça-feira, 21 de junho de 2011

Inverno e corrida - Frio melhora o desempenho, mas exige precauções.

Especialista explica quais cuidados devem ser tomados com a baixa nos termômetros. Aproveite-se disso para correr melhor e mais rápido.

O inverno começa nesta terça-feira e os casacos, calças, gorros e luvas recebem um convite para deixar o armário. Apesar de o calor ter saído de cena aos poucos durante o outono, a temporada de frio está aberta oficialmente para os corredores. Segundo o treinador Manuel Lago, isso representa alguns fatores: melhora no desempenho, mais do que nunca a necessidade de se alimentar e se hidratar bem para manter o bom funcionamento do sistema imunológico, maneirar nos treinos enquanto estiver debilitado e certos cuidados na escolha das roupas.

Para o treinador, o inverno de uma cidade como o Rio de Janeiro, por exemplo, onde a temperatura média é de 20 graus, o frio melhora o desempenho do corredor. Além da queda nos termômetros, a baixa umidade relativa do ar é outro componente favorável ao bom desempenho do corredor.

- Com a temperatura baixa, a taxa de desidratação do atleta não é tão elevada. Ou seja, ele não transpira em excesso e não há perda de sódio e potássio que resulte num desequilíbrio eletrolítico da bomba muscular. Tudo isso dificulta o surgimento de calafrios, câimbras, náuseas, "teto-preto", situações características da desidratação - explica Manuel.

O outro lado da moeda
Se o desempenho melhora, é importante ter cuidado nesta época do ano. Isso porque a atividade física pode fragilizar o sistema imunológico, sendo que o inverno por si só já é uma época do ano em que gripes e resfriados se fazem mais presentes. Por isso, Manuel orienta que o corredor alimente-se bem. Além disso, o uso regular de vitamina C também ajuda nesse processo.

- Quando o quadro de gripe e resfriado já se instalou no atleta, apresentando secreção em demasia no nariz, tosse, catarro, o ideal seria o atleta se recuperar ou, no máximo, dependendo da experiência do mesmo, fazer treinos leves, de rodagem moderada. Isso porque o sistema imune do atleta já está debilitado e um desgaste físico extra não seria benéfico no momento - diz Manuel, que afirma ainda que a prática da atividade física atua positivamente no sistema imunológico, prevenindo-o de contrair tais vírus.

Para não ter que ficar parado por conta de problemas relacionados a termômetros baixos, a indicação é não deixar o corpo esfriar. A solução, neste caso, é se agasalhar bem e não deixar o organismo perder calor para o ambiente ao seu redor. Mas isso deve ser feito de uma maneira que não esquente demais e o corpo possa transpirar.

- O corredor deve fazer uso de roupas que não sejam tão abertas, mas também não esquentem muito. Minha dica é: evitar regatas, priorizar blusas de manga curta ou longa, para proteger o tórax de vento frio. Existem também as roupas de compressão. Dependendo do atleta, pode ser uma bermuda ou calça. O ideal é, quando chegar do treino, trocar logo a roupa após um bom banho morno - conclui.

Fonte: www.globoesporte.com

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