terça-feira, 21 de junho de 2011

Você sabe o que é pubalgia?

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Você sente uma dorzinha na região da bacia ou até mesmo nas coxas por causa da corrida? Isso pode ser sinal de pubalgia. Saiba o que é a lesão e como tratar.

A pubalgia consiste em dor inguinal crônica e dor púbica unilateral ou bilateral. A incidência desta lesão é mais freqüente em homens, devido às atividades físicas intensas, principalmente ao futebol, tênis e corrida.

Tem se tornado um dos acometimentos mais comuns das lesões desportivas, como resultado do stress físico dos atletas associado a movimentos corporais compensatórios executados durante uma atividade física. A dificuldade em diagnosticar e conseqüentemente tratar a pubalgia na maioria das vezes leva a uma cronicidade do quadro, podendo assim, ocasionar uma interrupção prematura na carreira de um esportista.

O diagnóstico diferencial deve ser feito para descartar doenças como: prostatite, infecção urinária, fratura por stress, dor irradiada da coluna e principalmente hérnia inguinal, a qual é confundida em 50% das vezes. Os exames de imagem podem estar normais. No raio - X pode haver deslocamento púbico para cima, e nos demais exames sinais de inflamação local.

Os sintomas da pubalgia são:

• Dor na região púbica, principalmente ao levantar, sentar e ao tossir
• Aumento da dor com apoio unipodal e exercícios de alta intensidade (corrida)
• Sensação de ardor na região da virilha
• Crepitação na sínfise púbica
• Espasmos de adutor
• Diminuição da amplitude de movimento do quadril
• Possível dor lombar
• Marcha Anserina (marcha com rotação lateral dos membros inferiores)
• No futebol, dor no primeiro passe ou chute
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Os sintomas da pubalgia são na maioria das vezes causados pelo desequilíbrio muscular entre os músculos abdominais e adutores. A ação dos abdominais leva a uma elevação pélvica e os adutores acabam por tracionar, afastando a sínfise púbica, levando então a um stress ligamentar e inflamação local.

Outro grupo muscular que interfere neste desequilíbrio biomecânico são os posteriores da coxa (isquiotibiais). Quando estes estão encurtados ocorre uma tração lombar, potencializando o desequilíbrio de abdominais de adutores, principalmente no movimento de chute do futebol.

Tratamento - O tratamento inicial é sempre conservador. Repouso completo, administração de antiinflamatórios, aplicação de compressa de gelo para o alívio da dor, podendo ser utilizado também: bandagens funcionais, acupuntura, homeopatia, fitoterapia, eletroterapia, laser, ultra-som, tens, infravermelho.

Pode-se alongar levemente os músculos abdominais, adutores e isquiotibiais (nos casos de término da dor, alongar normalmente). A fisioterapia tem papel fundamental no re-equilíbrio muscular e no retorno as atividades desportivas. Um melhor conhecimento de biomecânica e gestos esportivos pode reduzir dramaticamente esta síndrome entre os atletas, através de um programa de prevenção.

O tratamento deve se basear na busca do tônus ideal entre os músculos abdominais (reto transverso e oblíquo) e os músculos da coxa(adutores, anteriores e posteriores), exercícios de flexibilidade e de fortalecimento devem ser prescritos logo após a utilização de meios pré cinéticos, pois em alguns casos o quadro álgico é bem intenso.

Em casos crônicos o tratamento conservador não é eficaz, o indicado é a intervenção cirúrgica para retirada do tecido fibrosado formado pelo tônus exagerado e o excesso de solicitação da musculatura abdominal, sendo assim, o diagnóstico deve ser preciso e pode ser confirmado com a ressonância nuclear magnética, que poderá mostrar com clareza a região inflamada do púbis.

Referências bibliográficas:

- BRUNNSTROM. Cinesiologia clínica. Manole, 4ºed. 1989.
- judôbrasil.com.br


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