sábado, 29 de outubro de 2011
'Devagar e sempre' é a dica de médico para corredor evitar lesão no quadril
Patrícia Werneck quase desistiu de correr por dores no glúteo, mas equipe com médico e professor de educação física permitiu sua sonhada volta às ruas.
Tudo o que ela queria era voltar a correr. E Patrícia Werneck conseguiu. As dores no quadril sumiram após um trabalho realizado em equipe formada por seu ortopedista, pelo seu professor de educação física e por ela mesma, com sua persistência e dedicação. Um ano após o início do tratamento, sua meta foi alcançada e comemorada em alto estilo: Patrícia correu a meia maratona em Milão, na Itália.
O diagnóstico de Patrícia era uma lesão no glúteo médio, que, normalmente, vem acompanhada de lesão no glúteo mínimo, tudo na região do quadril, segundo o Dr. Marco Bernardo, ortopedista especialista em cirurgia do quadril.
- A corrida pode desencadear lesões em várias partes do corpo, mas as articulações do quadril, joelho e tornozelo são as mais acometidas. No quadril a lesão mais comum é a tendinite do músculo glúteo médio - explicou o médico.
- Esse músculo é responsável pelo movimento de abrir a perna e, também, é o principal estabilizador da bacia, isto é, ele impede que a bacia incline para baixo quando tiramos o pé do chão. Por isso, durante a marcha e, mais ainda durante a corrida, ele é extremamente sobre carregado – acrescentou Dr. Marco Bernardo, chefe o Grupo de Cirurgia do Quadril do Into (Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia).
O ortopedista aproveita para fazer um alerta. As causas para lesões são uma combinação de fatores, mas, o principal motivo, segundo ele, é o aumento da carga de exercício de forma abrupta. Seja no caso dos famosos corredores de fim de semana, que num sábado resolvem correr sem estarem treinados, ou, mesmo, em corredores regulares, que decidem aumentar consideravelmente sua carga de treino.
- O início gradual da corrida, isto é, começar a correr devagar e acelerar progressivamente e o alongamento ao fim da prática são essenciais para evitar as lesões. Pode parecer clichê, mas o importante é ir devagar e sempre – receitou ele.
E foi esse o problema de Patrícia, que passou a sentir dores um tempo após iniciar seu treino nas ruas. Antes, ela fazia aula de natação e, com muito fôlego, acabou exagerando na carga de corrida. O excesso cobrou seu preço. Muito caro, por sinal. Durante um ano, ela sentiu dores fortes na região do quadril e chegou a acreditar que nunca mais poderia praticar corrida.
- Parei de correr e comecei a maratona de médicos. Fazia exames, que não mostravam nada. Mas a dor continuava assim que eu voltava a correr. Cheguei num ponto que falei: “esse esporte não é para mim” – contou ela.
Sucesso do trabalho em equipe
Patricia voltou à academia ainda na expectativa de um dia correr novamente. Conversando com o professor Rafael Ruhl, ela relatou suas dores e sua meta de, um dia, retornar às ruas, algo que parecia cada vez mais distante.
- O Rafael me incentivou e disse que não existia isso de nunca mais voltar a correr – relembrou Patricia.
Foi de Rafael a sugestão para que ela fosse ao médico ortopedista Marco Bernardo, que também era aluno dele na mesma academia da Patricia. E, assim, começou o trabalho de equipe, fator importante, segundo médico e professor, para a cura de lesões.
- Eu sempre ligo para o personal e para o fisioterapeuta. Eles têm um papel importante na recuperação do paciente e, durante a conversa, consigo perceber se eles são preparados ou não. Além disso, a percepção de que eles fazem parte de uma equipe faz com que o resultado do tratamento apareça mais rápido, na minha opinião – disse o dr. Marco.
- Trocamos figurinha sobre o que era e qual era o mecanismo de lesão no caso da Patrícia. Ele disse o que tinha acontecido, qual a gravidade e a extensão do problema. Passou artigos específicos sobre exercício para isso. Ele entendia da lesão e o que eu fiz foi aplicar o treinamento necessário para sanar o problema e impedir que ela se lesionasse novamente – explicou Rafael.
A sequência de exames sugerida pelo médico permitiu que se descobrisse, finalmente, qual o problema da Patrícia e a boa notícia era que ela não precisaria passar por tratamento. Muito alongamento e um treinamento de musculação adequado às suas necessidades seriam eficientes para que ela voltasse às corridas e evitasse futuras lesões
- Ela tinha enfraquecimento muscular na região do tronco, abdômen e lombar, o que fazia com que a Patrícia sobrecarregasse seu quadril. O início do treinamento foi o fortalecimento dessas regiões para estabilizar o quadril e muito alongamento na região glútea.
Trabalho em equipe, atenção a todos os detalhes do tratamento e a dedicação dos três envolvidos no problema foram ações essenciais para curar as dores na Patrícia e fazer com que ela voltasse às ruas.
Fonte: http://globoesporte.globo.com
E foi esse o problema de Patrícia, que passou a sentir dores um tempo após iniciar seu treino nas ruas. Antes, ela fazia aula de natação e, com muito fôlego, acabou exagerando na carga de corrida. O excesso cobrou seu preço. Muito caro, por sinal. Durante um ano, ela sentiu dores fortes na região do quadril e chegou a acreditar que nunca mais poderia praticar corrida.
- Parei de correr e comecei a maratona de médicos. Fazia exames, que não mostravam nada. Mas a dor continuava assim que eu voltava a correr. Cheguei num ponto que falei: “esse esporte não é para mim” – contou ela.
Sucesso do trabalho em equipe
Patricia voltou à academia ainda na expectativa de um dia correr novamente. Conversando com o professor Rafael Ruhl, ela relatou suas dores e sua meta de, um dia, retornar às ruas, algo que parecia cada vez mais distante.
- O Rafael me incentivou e disse que não existia isso de nunca mais voltar a correr – relembrou Patricia.
Foi de Rafael a sugestão para que ela fosse ao médico ortopedista Marco Bernardo, que também era aluno dele na mesma academia da Patricia. E, assim, começou o trabalho de equipe, fator importante, segundo médico e professor, para a cura de lesões.
- Eu sempre ligo para o personal e para o fisioterapeuta. Eles têm um papel importante na recuperação do paciente e, durante a conversa, consigo perceber se eles são preparados ou não. Além disso, a percepção de que eles fazem parte de uma equipe faz com que o resultado do tratamento apareça mais rápido, na minha opinião – disse o dr. Marco.
- Trocamos figurinha sobre o que era e qual era o mecanismo de lesão no caso da Patrícia. Ele disse o que tinha acontecido, qual a gravidade e a extensão do problema. Passou artigos específicos sobre exercício para isso. Ele entendia da lesão e o que eu fiz foi aplicar o treinamento necessário para sanar o problema e impedir que ela se lesionasse novamente – explicou Rafael.
A sequência de exames sugerida pelo médico permitiu que se descobrisse, finalmente, qual o problema da Patrícia e a boa notícia era que ela não precisaria passar por tratamento. Muito alongamento e um treinamento de musculação adequado às suas necessidades seriam eficientes para que ela voltasse às corridas e evitasse futuras lesões
- Ela tinha enfraquecimento muscular na região do tronco, abdômen e lombar, o que fazia com que a Patrícia sobrecarregasse seu quadril. O início do treinamento foi o fortalecimento dessas regiões para estabilizar o quadril e muito alongamento na região glútea.
Trabalho em equipe, atenção a todos os detalhes do tratamento e a dedicação dos três envolvidos no problema foram ações essenciais para curar as dores na Patrícia e fazer com que ela voltasse às ruas.
Fonte: http://globoesporte.globo.com
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário