segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Câncer de mama possui chances de cura se detectado no início



No mês de outubro acontece a campanha mundial voltada à prevenção do câncer de mama, o Outubro Rosa. Esta iniciativa partiu dos familiares da norte-americana Susan Komen, que teve câncer de mama aos 33 anos e faleceu três anos depois. Eles fizeram uma fundação com intuito de orientar as pacientes, investir em educação, rastreamento, diagnóstico, pesquisas e tratamento da doença.
O principal risco para o câncer de mama é ser mulher, mas a doença também pode ocorrer em homens. No entanto, a proporção de incidência é menor: um homem para cada 100 mulheres, característica que confirma que os hormônios têm relação íntima com o câncer de mama. A idade também é um fator influente para o aparecimento da doença. A partir dos 40 anos a incidência começa a aumentar, com pico entre 55 a 65 anos. O risco genético corresponde entre 5 a 10% dos casos e se expressam em pacientes mais jovens.
A prevenção primária tem relação, principalmente com estilo de vida da pessoa, como no controle do peso, especialmente na pós-menopausa, consumo de bebidas alcoólicas, alimentos e a realização de exercícios físicos. Para o ginecologista do H9J, Dr. Fabio Laginha, a adoção de hábitos saudáveis pode diminuir as chances de ter a doença em até 28%.
É no diagnóstico precoce que se encontra o maior percentual de cura. Para isto, é necessário investir na educação dos pacientes e profissionais da saúde. “O exame principal é a mamografia e deve ser feita na população em geral a partir dos 40 anos anualmente. Quando existem casos na família, o ideal é iniciar este rastreamento bem antes dos 40 anos. Os exames de ultrassonografia e ressonância magnética são necessários para complementar a mamografia”, alerta o médico.
O autoexame e palpação também são importantes e devem ser realizados para que a paciente se conheça e aprenda a avaliar as mudanças e características das mamas relacionadas aos ciclos menstruais e idade. Estes exames têm a função de fazer com que pacientes fora da faixa de idade comum de rastreamento possam perceber alterações. No entanto, estas práticas só detectam nódulos grandes que já não são mais considerados como diagnóstico precoce.
O câncer de mama é uma doença muito heterogênea e com diversos graus de desenvolvimento, característica que faz com que os tratamentos sejam diferentes para cada paciente, de acordo com idade e risco, que devem ser avaliados por uma equipe multidisciplinar. Os principais tratamentos são: cirurgias e radioterapia (para o controle local e regional da doença), quimioterapia, hormonioterapia (tratamento sistêmico) e as mais novas terapias alvos para tumores que expressam fatores de maior risco para a paciente. “A evolução tem sido concreta com cirurgias cada vez menos mutiladoras e mais conservadoras, quimioterápicos e radioterapia que causam menos sequelas e prolongam a vida das pacientes”, explica Dr. Laginha.
Para todo este conjunto de ações, do rastreamento ao tratamento, é preciso trabalhar em equipe multidisciplinar de médicos enfermeiras fisioterapeutas e psicólogos com educação continuada. A recuperação da paciente é possível e a principal medida é a descoberta precoce.

Não se esqueça, o câncer de mama tem cura!

Nenhum comentário:

LinkWithin

Related Posts with Thumbnails